sábado, 17 de janeiro de 2015


   Para Alexandre,
 a estrela que ilumina o meu coração.

Sabes ao mel suave dos himenópteros...
Inspiras doces alouminhos na sede dum luscofusco de verão
és um leão
e um pardal, que vai aninhando mansamente
na minha zona ventricular
Olho-te coa ilusão duma nena
com traje novo num dia de festa
e faz-me tremer na concavidade mais íntima
da minha tangente
Sabes o mel doce duma noite de lazer
na que as horas medravam co desejo
e paravam estáticas num universo paralelo

As tuas mãos coma espirais
amassavam as minhas fibras
para sentir o prazer de pele com pele
e as palavras sobram...
existem mais sobram...

(E as noites são infindas e mágicas meu amante)
chucho os teus beiços
de veludo e sonho contos formosos
onde a eternidade tem o teu nome...

(Publicado em Elipse n.º1)

rosanegra [Rosa Martinez Vilas]  (Armenteira, 1974. Galiza)
Fundadora de Penúltimo Acto (Acción Poética). Organizadora do ato Círculo Poético Aberto no Café Uf (Vigo). Pertence á Junta Diretiva da Asociación Cultural O Castro de Vigo.
Livros coletivos: A porta verde do sétimo andar  (2007), Acción Poética Penúltimo Acto (2010),  MULHERES entre poesia e luita (2011), 18 - Unha antoloxía de poesia galega-portuguesa (2012), Doces Loucuras - Louvor aos sorrisos. Colectânea Poética (2013), Meis é poesía (2013), Versos no Olimpo - O monte Pindo na poesía galega (2013), Versus Cianuro - Poemas contra a mina de ouro de Corcoesto, (2013).
Ganhadora do terceiro premio de narrativa Manolo Lado com a obra A bruxa das Galanas, (2002). Ganhadora do terceiro premio de poesia Feliciano Rolán, co poemário Vacaloura dos meus soños, (2009). Blog pessoal: Sete Bolboretas verdes.

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