domingo, 5 de junho de 2016

Bolanda

Bolanda













Ascendiam o mastro as mãos como gardénias.
Um anjo marinheiros pairava na galerna
e um funky de matizes partia águas e terras.
Nas cordas da guitarra floresciam as gestas.
Que noite sem silêncio dançou Bolanda inteira
com ritmo de revoltas na voz de uma sereia,
vestida com um baixo, por alumiar a festa!
Os meninos medravam nos olhares da ria,
furavam uma estrela com ritmo de carícia
áspera de mundo, florescida de espinhas.

Iolanda Aldrei (Galiza)
É licenciada em Filologia Hispânica (Universidade de Santiago de Compostela) e em Filologia Galego-Portuguesa (Universidade da Corunha). Recita e escreve poesia desde a infância. Inica as suas publicações em magazines escolares, para continuar em revistas como Ólisbos, Agália, Nós, Cadernos do Povo, Temas do Ensino, Nova Águia, Boletim da AS-PG ou Azul e participar em recitais em múltiplos lugares da geografia galega e portugues, assim como noutros países. Publicou os livros de poemas A palavra no ar (1990), Memória de nove luas (1994), e o Grimório azul de Samaná (2010). Colaborou nos cadernos de poesía Ao mar de Adentro, 8 e ½; nos livros colectivos Muditações –a partir das fotografias de Carlos Silva, Mulheres, entre poesia e luita (XXV Festial de Poesia do Condado), entre outros. A sua poesia foi incluida em antologias como A mátria da palavra, Antologia da poesia lusófona e Latim em pó.
No ano 1994 estreia a obra teatral Eva Perón da que é co-autora. Conta e publica contos, é docente do ensino secundário, também imparte cursos, participa como organizadora e comunicadora em congresos, seminários e jorandas. Dirige teatro escolar.
Como investigadora tem publicado diferentes artigos sobre língua e literatura.
Blogs pessoais:
daterraverde.blogspot.com  e ajaneladamoura.blogspot.com
(Publicado em Elipse 4)

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