domingo, 12 de junho de 2016

Sonho Manifesto

Sonho Manifesto


Descim os degraus um a um em silêncio,  muito devagar. Nom escuitava mais do que o ruido do crepitar das madeiras sob meus pés como das faíscas que ressaltam do lume numha noite de inverno como a desse dia. Todo estava às escuras e a única luz a iluminar o espaço em que eu caminhava era o fulgor da lua cheia a peneirar pola janela do corredor do primeiro andar. Tinha um medo aterrador, mas agora que acabava de sair do quarto muito assustada já nom podia regressar. Tinha de saber que fora esse ruido atronador que percebera pouco antes e do que acordara de jeito sobressaltado. Ia_espreitando cautelosamente à medida que descia. Nom levava nada para me proteger de qualquer um assaltante que pudera entrar na minha morada. De súpeto  alguém acendeu as_luces e quatro encarapuchados armados com fuzís mandarom-me erguer os braços e ordenarom para me deitar no chao. «No haga usted nada, tírese en el suelo somos la policía y ya sabe porque estamos aquí. Vamos a registrar su casa,  creemos que tiene usted aquí propaganda subversiva, en la que denigra, maltrata e incluso insulta a España. Nos llevaremos e incluso destruiremos cualquier libro, libelo, panfleto o_documento que no esté escrito en la lengua de nuestra gran nación o aquellos textos en los que exista cualquier expresión insultante y denigrante para la unidad de España. Viva_España!». Sempre finalizavam assim e com a_saudaçom fascista. A_mesma que já utilizaram durante mais de 40 anos na Ditadura do Terrorismo Franquista.
Todas e todos tinhamos conhecimento que desde o golpe de Estado do 14 de marçal de 2018 em que se re-instaurou umha Fascistocrácia, nom é que antes dessa data nom existira já o fascismo, pois já vinha de tempos atrás, estava instalado por doquier e muito encorajado desde o início da crise. Acrescentaram-se a cada vez mais as restriçons das liberdades  e estabelecimento dum sistema de_relaçons sociais de poder muito próximas às da Idade Media, relaçons de servidume. Ainda que o_novo servo nom era o camponês, senom um trabalhador assalariado. Umha servidume estipulada para a classe trabalhadora do século XXI.
A  polícia tinha ordem de entrar nas moradas nomeadamente daquelas pessoas ou grupos distinguidas/os na defensa da Galiza, da nossa cultura, da nossa lingua e, assim mesmo,  de reclamarem nossa soberania e independência.
Era muito difícil falar galego em público e nem tam sequer na intimidade entre família ou amizades. Era preciso olhar de esguelha e com muita precauçom por se qualquer delator andava a espreitar nos lugares mais insospeitados, já que podias ser delatado e detida/o. Agora já nom se gravavam tam só imagens nos prédios e centros públicos, senom também qualquer conversa mesmo aquelas mais vanais. Todas as semanas analisavam seu conteúdo para  comprovar que nom existira qualquer indício de delito ou o que eles denominavam «vandalismo». Todas eram gravadas e em todos os centros públicos um cartaz na entrada ordenava falar de jeito correto, quer dizer, em espanhol sob pena de sançom e mesmo cadeia, tendo em conta o tipo de comentário.
Foram criadas brigadas de limpeza  de «vándalos». O vandalismo compreendia multidom de aspetos, desde umha pintada, um cartaz, umha faixa, mesmo ler um livro em galego no autocarro... Já nem sequer era possível realizar qualquer umha concentraçom ou manifestaçom pois fôram proibidas desde a reinstauraçom da fascistocrácia, onde também fora derogado o direito à greve. As_mendigas e mendigos forom tirados das ruas e levados a centros de internamento onde tinham na obriga de trabalhar por  umha comida diária, ainda que se trabalhavas bem e sem qualquer protesto às vezes premiavam-te  com duas. Mas eram trabalhos que ninguém queria fazer, os mais duros e perigosos e quase sempre sem qualquer um tipo de proteçom. Muitos morriam sem sabermos nada deles. Se fazias qualquer questom podias acabar lá mesmo, coma eles.
Existiam ainda alguns sindicatos, sim, mas apenas aqueles favoráveis ao sistema de governo estabelecido, com certeza, sindicatos amarelos e verticais. Alguns destes conhecidos por todas e todos já desdeo início da reinstauraçom monárquieca do ano 1975 do século XX. Nom estava permitido reivindicar sequer os direitos mais básicos e a dignidade das pessoas que estavam a ser de jeito flagrante vulnerados. A Uniom Europeia com Alemanha à cabeça utilizava a Italia, Portugal, Grecia e Espanha como cabeças de turco e continuava a impor a política de servidume a_desenvolver por cada um deles.
Serventes do sistema político, social e económico supeditado à Uniom  Europeia, e ao neo-liberalismo e neo-liberal-terrorismo mundial como mao de obra barata e quase esclava que deviam de servir aos poderosos capitalistas. A UE também começou a se fascistizar, mas no fundo nom éramos mais do que um campo de provas, um observatório onde desenvolver umha fonda análise do reagir da classe trabalhadora perante as políticas esmagadoras dos poderes dominantes.
Um duplo submetimento, dumha parte ao poder político da Fascistocrácia espanhola com a imposiçom e proibiçom da reivindicaçom da nossa naçom, nem sequer a reclamaçom da existência do nosso povo, e da defensa da nossa cultura e da_nossa lingua. Doutra parte submetimento às políticas comunitárias que impediam o nosso desenvolvimento à margem dos ditados prejudiciais na construçom dum futuro próprio em liberdade onde a dignidade e direitos fundamentais do ser humano e do ser social fossem piares em que se substente um novo sistema político, social e económico. Sem qualquer um tipo de submissons, nem supeditaçons, sem obtusas dependências a qualquer pais ou Estado, ou a qualquer grupo dominante, fora do lastro de qualquer servidume.
A nova servidume do Século XXI encarregava-se de decidir por ti. Eras semelhante ao camponês do século XII que tinha de realizar aquelas tarefas assinaladas e impostas polos poderosos capitalistas. Como já dixem os sindicatos nom eram mais do que grupos de poder ao serviço dos empresários e grupos empresariais, com o que os operários nom tinham nada a fazer. O trabalho podia ultrapassar as 10 ou 12 horas e os acidentes acrescentavam-se, ainda que isto nom era de grande interesse para os poderosos canalhas terroristas. Os acidentes mortais eram tratados muitas vezes como fortuitos e substituidos por mais um operário, sem ir na procura das causas para evitar mais um, embora isto já acontecia com anterioridade.
Com toda isto que venho de relatar, a situaçom era muito convulsa e os confrontos com a polícia sucediam-se dia após dia. A cada vez havia mais pessoas a sofrerem repressálias, quer através de multas elevadíssimas que nom podiam ser pagas, pessoas enjuiciadas e encadeadas, além de mortes em confrontos com a polícia. Como estou a relatar,  todas as manifestaçons foram  proibidas, mas a_realidade era muito dura para nom sair à rua  a protestarmos por umha realidade de todo cruenta.  Já nom  eram Vigo, Ferrol, Compostela, senom que em todos os povos, vilas, aldeias e comarcas  da Galiza havia confrontos quase a diário, mas também nas outras zonas do Estado.
Decidimos criar auto-organizaçons de autogestom popular para evitarmos que as pessoas repressaliadas, muitas delas deitadas fora do seu trabalho ficaram sem nada que oferecer-lhes às suas famílias. Com a criaçom de comedores populares de bairro, companheiras e companheiros podiam obter duas comidas ao dia, além de ser um_lugar onde poder  partilhar opinions, experiências, ajuda e colaboraçom mútua. Nestas auto-organizaçons de autogestom tentava-se abranger diversos aspetos. Desde formaçom cultural, formaçom de luita,  além de formaçom política para evitar distraçons e fragmentaçons que impediram ir  na procura dum objectivo comúm.
Este objectivo comúm era a mundança definitiva dum sistema político que se retrotraia  em muitos aspetos  até épocas passadas, mas muito afastadas no tempo,   mesmo até a Idade Media. Com umhas relaçons sociais de servidume que submetiam à classe trabalhadora respeito da burguesia que a sua vez continuava a sua dependência das burguesias de rango superior, quer dizer, o que se denominava Vasalagem na Idade Media, estipulada com exclusividade para as classes nobres. Estas burguesias prestavam colaboraçom e boa disposiçom aos burgueses mais poderosos e estes proprocionavam-lhes a sua vez proteçom e benestar económico e social.
Nom era possível permitirmos um retrocesso de liberdades tal, um retrocesso dos direitos mais básicos e fundamentais na dignidade dos seres humanos. Havia que dar começo à preparaçom das pessoas e dos grupos humanos e coletivos diversos para a tomada definitiva do poder. Com o alvo de atingir a mudança de vez desta sociedade opressora, dominadora e exploradora. A_consecuçom do socialismo, dumha justiça social para todos os seres humanos, e dirigida também a todas as sociedades. Pois quer a_diversidade social quer cultural som piares básicos para a construçom dumha novo amencer de equidade e justiça social para a imensa maioria trabalhadora de todas as naçons. Equidade que supom também a igualdade de todos os seres humanos sem discriminaçom por razom de sexo ou raça, já nom falo das religions, porque acho que todas elas existem como sistema de controlo social da populaçom e para dirigir aos grupos humanos na ideia da sua redençom através do sofrimento terrenal.
Toda esta época convulsa fora construida polos poderosos para o submetimento da populaçom aos seus ditados e assim extrair o melhor rendimento  possível falando em prata, quer dizer, falando em rendimentos económicos para os petos dos dominadores e, com certeza, acumulaçom de mais e mais riqueza nas maos da grande burguesia, enquanto os seus vasalos(pequena e mediana burguesia) colaboravam na obtençom dos seus lucros acatando as órdenes que vinham da cume da_pirámide até chegarmos à base desta, o povo fazedor, construtor e trabalhador.
Enquanto os servos, na Idade Media camponeses, agora trabalhadores assalariados, deviam baixar o lombo e sem qualquer protesto cumprir de jeito ótimo as órdenes que a mediana e pequena burguesia lhes impunha e que vinham da cume da pirámide da grande burguesia que por sua vez oferecia migalhinhas para os seus súbditos.
Como podemos conhecer  de todo o lido até cá,  a situaçom degradava-se dia após dia, a cada vez mais. Respeito da situaçom da mulher elaborarom-se leis contra o aborto, penado com cadeia e centros de reeducaçom para mulheres. A educaçom dos colégios era controlada de tal jeito pola Igrexa que as crianças eram afastadas por sexos, já que conforme o governo fascista existiam grandes diferenças nos rendimentos académicos entre homens e mulheres. Realizarom-se listagens de matérias e estudos universitários que deviam estudar mulheres e homens.
Como  podedes observar a situaçom era insostível. O retrocesso era enorme mesmo repeito dos últimos anos da ditadura do terror franquista. Mas as pessoas e coletivos envalentonarom-se e començarom a se auto-organizarem, e se auto-gestionarem.
Nos bairros começou a  procura de toda a colaboraçom possível para evitar que qualquer pessoa acabara por cair na exclussom social. Havia trabalho colaborativo para todas e todos. Qualquer que soubesse cocinhar,  de carpintaria, eletricidade, arranjar um ordenador, curar umha doença,  ajudar às pessoas idosas, prestar ajuda psicológica, etc tinha um espaço já que qualquer ajuda ou colaboraçom era bem recebida. Quer também em tarefas formativas abrangendo todos os âmbitos educativo, cultural, até o lúdico e desportivo, e sobretodo o social e político.
As pessoas, coletivos, grupos humanos e as diferentes naçons integradas à força na Fascistocrácia espanhola começavam a estar fartas dumha situaçom atafegante e esmagadora das_liberdades e precisavam de todos os recursos possíveis para mudar do jeito que for a situaçom em pro da maioria social, da classe trabalhadora.
A gente já estava a se preparar para umha revoluçom, ou para os inícios dumha revoluçom socialista. A formaçom permanente de quadros  políticos, culturais, educativos... estava cada vez mais avançada e sabíamos que existiam grupos bem formados e treinados  para derrocar pola força quer o governo galego quer o governo do Estado espanhol, do mesmo jeito que existia umha coordenaçom tal entre todas aquelas naçons do estado para o derrocamento de vez da Fascistocrácia
O estalido da Revoluçom tinha data e hora disposta e nesse intérvalo fum detida ainda que tivem sorte e fiquei livre bem pronto, porque jamais gardava informaçom segreda ou confidencial no computador, além de manter todo bem longe das maos dos ladrons da vida e dignidade, quer dizer, dos fascistas.  Nom possuiam qualquer prova para a_minha imputaçom.  Aliás, nom derom topado mais que livros em galego e  nada irreverentes com a Espanha. Ainda assim, por acuvilhar umha grande biblioteca de livros em galego fue sancionada e castigada a assistir a cursos de reeducaçom com o_alvo de abandonar definitivamente o selvagismo lingüístico e pra falar de jeito correto. Em espanhol, com certeza, mais todo isto era inútil. Se és alemám nom podes ser francés ainda que fagam cursos específicos para deixar de falar alemám, pois o_próprio tem de acontecer se es galego, terás de ser galego toda a vida e isto supóm assumir tua cultura, tua lingua e umha jeito de comportamento perante a vida que difire doutras culturas e naçons.
Chegou porfim a data do início do estalido revolucionário. Todo estava disposto desde havia tempo, todo estava bem estudado e preparado para o combate, ou combates. Combates que fôrom muito duros e em que que se perderom vidas humanas além de muitos feridos, destroços em prédios, em estradas, em mobiliário diverso. Porém, graças a auto-gestom prévia nom faltarom alimentos nem medicinas para a populaçom e menos ainda para as e os combatentes.
Nom há que esquecer que a UE permaneceu sempre do lado dos fascistas, já que convergiam no elemento comúm da defensa do neoliberalismo. Mas enseguida percebeu que volviam os tempos do terrorismo franquista mais cruentos e decantou-se por olhar de esguelha e deixar mesmo passar  algumha colaboraçom em pro dos Revolucionários. Acho que acreditavam na nossa volta ao cauce do sistema económico capitalista após recuperarmos algumhas liberdades  e direitos perdidos, mas nom foi assim.
Graças a indolência da UE e de grupos e paises partidários da luita que cá desenvolvíamos, a_Revoluçom deu trunfado antes do esperado, num espaço de tempo de pouco mais dum ano.
Uniom Europeia  tentava tornar-nos ao cauce estabelecido com anterioridade cedendo mais direitos e mais soberania e capacidade decisória para o Estado espanhol. Mas todo mudara dabondo como para retornar aos tempos passados. O que antes eram autonomias nesse Estado espanhol, agora eram naçons independentes e com capacidade decisória e  sem qualquer dúvida dos princípios que acordaram atingir desde o primeiro momento. Afastamo-nos  dumha Uniom  Europeia que apenas era a Europa dos mercaderes, da grande burguesia e da burguesia colaboradora para encher os seus petos, acumular mais e mais riqueças a custa do lombo da classe trabalhadora. Esse tempo já finalizara de vez, nom podia voltar de novo.
Uniom Europeia tivo assim que pagar um preço  muito elevado por ajudar quer aos fascistas, quer pola inoperância face os Revolucionários, que decidiram antes do começo da Revoluçom qual seria o alvo a atingir e caminhavam face ele sem qualquer dúvida. Nom havia volta atrás teriam de ser naçons livres dentro da Europa, porque nesse continente moravam, até algúm movimento de placas tectónicas que lhes  obrigara a afastarem-se dele. Mas nom desejavam já voltar a fazer parte dumha Uniom Europeia que domina, oprime e explora à classe trabalhadora.
Mais outros paises também tomarom a iniciativa, entre eles, Portugal e a Grécia...Mas começarom a se pôr feias as cousas porque a OTAN decidiu intervir, justificando a falta de liberdades, quando foi  graças o trunfo da Revoluçom quando começamos a viver em liberdade.
Polo momento continuamos pola senda do socialismo na procura da justiça social para a imensa maioria do povo, quer dizer, para o povo trabalhador. A equidade, a igualdade de direitos para todas as pessoas, sem qualquer umha discriminaçom por razom de sexo, ou raça, eliminando qualquer diferença por razom de classe. Porque no socialismo tenhem de ser eliminadas de vez as classes sociais. A defensa da nossa cultura, da nossa lingua, em definitiva da nossa naçom é um dos piares na mudança definitiva dum sistema de tutelagem a outro de independência e maioridade do povo.
É agora quando podemos dar começo à construçom dum caminho extenso e nom exento de obstáculos, mas com a certeza de sermos nós própias a decidirmos nosso futuro, nosso destino. Acumulando a cada vez mais forças para se impor a razom da inteligência natural criadora face a_inteligência contra natura que até o de agora dominava.
Só aguardo que este trunfo for definitivo e seguido por outros povos para que a uniom de todas as forças e de todas as naçons impeda o_retrocesso e a volta ao sistema criminal e canalha quer do fascismo quer do terrorismo capitalista, duas caras da mesma moeda.
A primeira luz do amencer lançou umha lumieira sobre as minhas pálpebras que fixo acordar do sono e do maravilhoso sonho em que me sumergira nessa noite do trunfo inicial da Revoluçom socialista.
Oxalá deitemos fora de vez a fascistocrácia destrutora de qualquer humanidade.

Viva a Revoluçom!
Viva Galiza independente, socialista e feminista!
Luitemos todas contra o terror fascista e capitalista!

 Belem Grandal (Galiza)
«É na Euskal Herria que eu moro por um amor que vai madurecendo dia após dia e abre e fecha suas pétalas, para mostrar com o passar do tempo multidom de cores,  brilhos e aromas a cada amencer.  Mas outro ficou longe, a latejar no mais fundo do meu coraçom. Amor embalado polo  rimo da corrente que o Minho leva devagar na sua profundeza e do que nascem e medram cada dia sons e palavras enchidas de vida que esparegem os ventos luso-galaicos, ventos húmidos e cálidos que empapam e nutrem a pele e peneiram até as entranhas para erguer a dignidade dos povos irmans. Falo do amor a Galiza, minha Mátria, minha Pátria.
Comecei a minha pequena obra literária, até o momento,  com o intuito de expressar toda a dor e sofrimento que causam as vivências dumha injusta e esmagadora realidade imposta polos poderosos. Aquelas e aqueles que decidem por nós, organizam as nossas vidas, manejam as consciências, jogam com os nossos sentimentos, roubam as nossas ilusons tornando-nos em seus monicreques, além de encherem suas bocas para falarem de democrácia, vaziando as palavras de conteúdo ou desvirtuando-o quer manipulando-o ao seu antolho.
Explodiu em mim a raiva, a dor e sofrimento. A enchenta foi muito grande polo que precisei do verso para encaminhar as ânsias e as ilusons dum presente e um futuro mais lúcido e esperançador. É cá que ainda continuo por estas corredoiras intrincadas que é preciso desentranhar para atopar o caminho ajeitado onde todas e todos tenhamos o mesmo cavimento.
Acho que o primeiro poema que escrevim foi presentado no Día da Mulher Trabalhadora, dedicado e recitado para essa ocasiom num ato organizado pola Assembleia de Mulheres do Condado, em Salvaterra. Depois vinherom mais atos, sempre com um conteúdo reivindicativo, dessa realidade opressora, em diferentes centros sociais: Baiuca Vermelha (Ponte-Areias), A Esmorga (Ourense), Lume (Vigo) e sem esquecer-me das noites mágicas de Penúltimo Acto que se desenvolviam e continuam a se desenvolver no Café-Bar Uf-Negra Sombra, em Vigo, inesquecíveis.
Alguns dos meus poemas vagam pola rede num blogue que permanece à espera da minha reinserçom internauta. Polo demais meus últimos poemas escritos podedes conhecê-los através desta Revista, no número dous, três e por fim neste último número mudando de registo,  mas sem me afastar da atitude reivindicativa caraterística de quase toda a minha escrita.»

(Publicado em Elipse 4)

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